Recentemente tenho recebido muitos emails, mensagens e visto alguns comentários no blog sobre um assunto muito importante: quanto devo cobrar por um aplicativo e o qual seria um preço justo? Eu mesmo não tenho uma fórmula exata, porque não existe o certo ou o errado nesse caso. O mais legal é ter criatividade na hora de negociar o app, tem que sentir o cliente! Saca? No final o mais importante é que você e ele fiquem satisfeitos.

O Alexandre Lima, um dos primeiros appers Fábrica de Aplicativos e que participa do nosso blog, utiliza muitas vezes a permuta (leia + https://blog.fabricadeaplicativos.com.br/2013/11/14/como-troquei-um-aplicativo-mobile-por-aulas-na-academia/). Neste caso, o valor do aplicativo é igual ao valor do serviço ou produto que será feita a troca. Então não tem muito segredo, é visitar o cliente e oferecer a troca. Nós da Fábrica de Aplicativos, muitas vezes trocamos apps por entradas ou até mesmo espaços de exposição em feiras e convenções! Mas como diria um dos nossos conselheiros de negócio, João: “Aplicativo é igual um carro. Se você quiser comprar um fusca, vai ter a performance e o design de um fusca. Mas se quiser uma Ferrari…”.

Outros modelos

Os outros modelos envolvem dinheiro, neles o ideal é que vocês calculem o tempo que será necessário para construir um aplicativo e o valor dos recursos necessários para colocar o app em funcionamento. As empresas que desenvolvem aplicativos customizados usam o modelo homem / hora, ou seja, eles calculam o tempo exato gasto no projeto e usam este parâmetro para dar um preço. Então é crucial entender muito bem o projeto para saber quanto tempo você vai gastar desenvolvendo o app.

Dica 1: Nunca visite um cliente sem um protótipo. Ouvi isto numa visita que fiz a IDEO (https://www.ideo.com), companhia conhecida por ter sido a criadora do mouse para Apple e IBM. O protótipo, que pode ser um desenho no guardanapo, serve para o cliente ter a primeira experiência visual e poder falar mais detalhadamente do projeto.

Bom, vamos aos dois exemplos que escolhi. O primeiro, um aplicativo para um evento, feito no ano passado – https://app.vc/rubyconf2013 por um dos appers da Fábrica de Aplicativos e o segundo, um aplicativo que fiz para um casamento – https://app.vc/ju_e_dan. Só tem um porém, já que tem duas abas, “Cotas da lua-de-mel” e “RSVP”, que deixaram de funcionar, pois como passou o casamento, foi desativado do site que foi criado no www.icasei.com.br e que integrei na função “Página Web”.

Exemplo 1 – RUBYCONF 2013 – Valor R$3500,00

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Nós tínhamos um plano chamado “Fazemos pra você” onde o preço partia de R$499,00. Isto porque era o preço mínimo que gostaríamos de receber para desenvolver um app! Você deve ter o seu valor mínimo, aquele que fará você sentar no computador e começar a desenvolver seu app.

Depois da arte e do design, que exigem um tempo para serem feitos o próximo passo  é a quantidade de abas moblet e a quantidade de conteúdo. Como disse, não tenho uma fórmula exata, mas sugiro dividir em 3 níveis de dificuldade (R$50,00 nível I; R$100,00 nível II e R$200,00 nível III), onde o trabalho necessário de cada uma é o que determina o preço. É uma forma simples e ela pode te facilitar o cálculo do preço. Por exemplo, na aba “Palestrantes”, são mais de 20 pessoas, portanto classificaria como uma aba moblet nível 3 (R$200,00). No caso de patrocinadores, como são 2, é uma aba nível 1 (R$50,00). Somando todas as abas, segundo os níveis de dificuldade, o preço final de todas as abas foi de R$2400,00! O cliente adorou, nós também! Negócio fechado!

Exemplo II: Casamento Ju e Danilo –  Valor R$700,00

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Do casamento foi um caso mais simples. Importante ressaltar que este valor é fictício, pois como os noivos são meus amigos não cobrei nada! Foi meu presente de casamento, que segundo o casal, o melhor de todos! =)

Se fosse pra cobrar, seriam R$700! Mas vamos lá, na primeira parte, como disse no exemplo anterior, primeiro vem a parte de design e layout.

Dica 2: Os ícones eu baixei no https://iconfinder.com, onde existem milhares de opções gratuitas. Depois, no editor de ícones dentro da Fábrica, fiz algumas edições para deixar a identidade do aplicativo.

Depois, defini quantas abas seriam, no caso,  7 abas. Foram 3 “nível I”, que como já estavam prontas no site de casamento, tive pouco trabalho. E outras 3 no nível II, no caso “a festa” e “sobre nós”, onde também ajudei a fazer o texto!!! E a aba Padrinhos, onde tive que pegar foto a foto, subir todos eles, considerei nível III.

Claro que estes níveis e preços são valores que estou sugerindo, a ideia por trás é ter uma classificação simples e fácil!

Simplificando em 3 passos:

(1) Saiba qual é o preço mínimo pelo seu conhecimento;

(2) Pense num preço que vai cobrar pela arte;

(3) classifique em níveis e coloque um preço para cada um deles de acordo com o quanto você acredita que vale a sua hora!

Vale lembrar que alguns aplicativos vão precisar de manutenção e ajustes, o quê pode ser uma boa oportunidade de manter e melhorar o relacionamento com o cliente. Neste caso, você pode cobrar uma mensalidade, onde R$50,00 é a média do preço cobrado pelos appers ou definir um preço por alteração, normalmente varia no tamanho da alteração. Já ouvi casos de R$200,00 até R$800,00!

Dica 3: Eu acredito que uma tática boa neste caso é dar de 1 até 3 meses de graça, o que normalmente deixa os clientes felizes e aumenta a chance deles te contratarem de novo.

Aqui estamos tratando o caso de appers da Fábrica de Aplicativos, mas para matar curiosidade de alguns, o preço de desenvolvimento de um app customizado, ou seja, feito por encomenda por empresas especializadas custa na média R$20.000,00 no Brasil e aproximadamente R$10.000,00 no mundo, com a taxa de câmbio atual. Mas eles que se cuidem, pois os appers da Fábrica de Aplicativos estão vindo para dominar o mercado!

E vocês? Como calculam o preço do seu APP? Quais são seus modelos de negócio? Deixem seus comentários, compartilhem sua experiências e ajudem todos os Appers que querem entrar neste mercado também!

Um grande abraço.

Hugo Yang

 

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